domingo, 11 de novembro de 2012

Resumo (A vida na águas das montanhas)



 A serra do Cipó é uma região montanhosa que fica no centro do estado de Minas Gerais, sendo um divisor de água onde, de um lado nascem rios da cabeceira do rio Doce e do outro lado, rios da cabeceira do rio São Francisco.
 O laboratório de ecologia de Bentos, do departamento de Biológica Geral da Universidade Federal de Minas Gerais, vem estudando as cabeceiras de rios no Parque Nacional da Serra do Cipó. O objetivo é inventariar a biodiversidade aquática das aguas da região por meio dos parâmetros físicos e químicos. Uma das consequências dos estudos tem sido a utilização dos macroinvertebrados bentônicos como indicador da qualidade de água. A coloração dos rios na Serra do Cipó varia de transparente a escura, onde à presença de composto húmicos resultante da decomposição incompleta da matéria orgânica oriunda da vegetação terrestre. Devido aos afloramentos rochosos de quartzito ricos em sílica, os teores de sílica solúvel reativa na água são 50 vezes superiores aos de outros ambientes aquáticos.
 Os profissionais que estudam a ecologia dos ambientes aquáticos continentais consideram importante para o metabolismo das algas diatômicas, que crescem aderidas às rochas e ao cascalho no fundo dos rios. Nesse local também ocorre o desenvolvimento dos musgos e plantas, que são provavelmente, as principais produtoras primarias autóctones da Serra do Cipó, isso significa que realizam fotossíntese para obter energia que servem de alimento para outros organismos das cadeias alimentares aquáticas.
 A nascente existente na Serra é típica de ambiente aquática com ótima saúde ambiental. Em uma pedra de 30 cm é possível encontrar mais de 50 organismos pertencentes a seis ou sete ordens de inseto aquáticas e mais de 18 gêneros.
 O macroinvertebrados bentônicos tem sido comumente utilizado como bioindicadores de qualidade de água, ela por sua vez permite identificar alterações na composição das guildas e também relaciona-las na mudança da qualidade de água e no substrato, decorrente de fontes poluidoras e assoreamentos. As guildas utilizam esse recurso de acordo com seu modo de alimentar que pode ser fragmentador, coletor, raspador, predador ou parasitário.
 Fatores relevantes na avaliação dos habitats aquáticos é a existência dos produtores primários autóctones, que são responsáveis por converter a energia luminosa em energia de ligações químicas, e por isso tornam a base das cadeias alimentares aquáticas. Na Serra do Cipó observamos que o solo tem muitas matérias orgânicas e por isso retém grandes quantidades de água. A cobertura vegetal da mata ciliar assume importante papel como fonte de energia somente nos trechos distantes cerca de 2 km das nascentes.
 O material orgânico incorporado ao ambiente aquático e produzido ao longo do curso d’água são decomposto pelos organismos bentônicos. Na decomposição, os macroinvertebrados  fragmentam os detritos e os microdencompositores transformam moléculas por meio de oxidação., Nos trechos onde a luz do sol não consegue atingir o leito dos rios, não acorre o crescimento de produtos primários autóctones e a decomposição da matéria orgânica torna-se a principal fonte de energia para os organismos locais.
 A colonização ocorre por meio de dois processos, o vôo compensatório ou quando as larvas nadam rio acima, em direção aos locais onde nasceram este processo é eficaz para manter as populações de insetos aquáticos.
 A alta riqueza de espécie na Serra do Cipó pode estar relacionada a uma menor disponibilidade de nichos, resultando em interações como competição, predação e parasitismo.
 Em um trecho do córrego Indaiá foi observado às larvas do inseto Corydalus transportando em seus segmentos abdominais e brânquias larvas de outro inseto Corynoneura. As larvas da espécie Corynoneura conseguem evitar a predação pelo próprio Corydalus escondendo-se no corpo do predador, as larvas consegue desenvolver seu ciclo de vida e também colonizar novos habitats para os quais são transportadas pelo hospedeiro.
 Os estudos têm buscado diferentes abordagens, etodologicas e enfoques para a avaliação da diversidade das comundades de macroinvertebrados bentônicos e sua relação com o meio em que vive.






segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Trabalho de campo (Serra da Cascata - Sete Lagoas MG)



Trabalho realizado pelos alunos Estéfano Loura, Iago Henrique e Matheus Terra.

 No dia 27/08/2012 nós, alunos do curso de Engenharia Ambiental da FASASETE (Faculdades Santo Agostinho unidade Sete Lagoas/MG), realizamos um trabalho de campo realizado na Serra de Santa Helena (Parque da Cascata) na cidade de Sete Lagoas. Esse trabalho teve a orientação do professor de Biologia, Ramon Lamar e do professor de Biologia, Renato (ex-aluno de Ramon).
Os objetivos deste trabalho de campo foram identificar bio indicadores de qualidade do ambiente (presença, abundancia e condições das espécies identificadas) e a intervenção antrópica ou natural na mata (cerrado é a mata predominante, seguida de pequenos trechos de mata atlântica), procurando pontos positivos e negativos dessa intervenção.
Foram selecionadas algumas espécies de plantas, animais e alterações no local para estudo, sendo elas:

  
Lobeira, fruta de lobo ou guarambá ( família solanaceae, gênero Solanum), imagem mostra flor roxa em forma de estrela com o miolo amarelo.( foto: Estéfano Loura)

 

Cedro ou acajatinga ( família meliaceae, gênero Cedrela) imagem  mostra  tronco reto ou pouco tortuoso, a copa é alta e em forma de corimbo, o que a torna muito típica. ( foto: Estéfano Loura)











Bolsa de pastor ou saco de carneiro (família  Brassicaceae, gênero capsella) imagem mostra fruto que é suportado por um pedúnculo relativamente longo. Quando esta vagem seca, abre-se ao meio, libertando e disseminando as sementes maduras. (fotos: Estéfano Loura)



Quaresmeira roxa (família melastomataceae, gênero tibouchina) imagem   mostra  floração que ocorre  duas vezes por ano, no outono e na primavera, despontando abundantes flores roxas. (fotos: Estéfano Loura)


Pau terra ( família vochysiaceae, gênero qualea) imagem mostra fruto com abertura máxima, tendo liberado quase todas as sementes.(foto: Estéfano Loura)



Pequizeiro ou pequía (família caryocaraceae, gênero
caryocar) imagem mostra folhas e inicio da formação dos frutos mais conhecidos como pequi (fotos: Estéfano Loura)


Aranha teia de funil (família hexathelidae, gênero Aglaoctenus lagotis) imagem mostra aranha trabalhando em sua teia que tem o formato de funil, aracnídeo dotada de um veneno extremamente toxico para os humanos. (foto: Estéfano Loura)



Jatobar do cerrado, jatobar do campo jatobar da cerra ou jutai ( família leguminosae, gênero hymenaea), imagem mostra a folha alternadas, composta por dois folíolos caractrisca do jatoba (foto: Matheus Terra)




Matheus Terra, Ramon Lamar, Estéfano Loura e Iago Henrique (foto tirada por Claudson Moreira)


Referência bibliográfica: